Queimadas já consumiram 20% da Chapada dos Veadeiros, em Goiás

Parque nacional é patrimônio natural da humanidade. Mil e quinhentas espécies de animais que vivem na reserva estão acuadas pelas queimadas.

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Queimadas já consumiram 20% da área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, um patrimônio natural da humanidade.

É tanta fumaça que até o sol forte da região desaparece. É só uma esfera vermelha no céu, ardendo como se fosse brasa. Do alto, um tom cinza manchando a paisagem quase já sem vida. A reserva de cerrado tem 240 mil hectares e só em outubro, 22% já foram destruídos. Com ventos fortes, a fauna e a flora vão desaparecendo em uma velocidade maior que a dos helicópteros e aviões que ajudam no combate.

Os aviões não param em nenhum instante. Assim que chegam, as equipes de terra já estão preparadas para novamente encher os reservatórios com água. Um avião saiu da pista de pouso levando 3 mil litros.

De cinco em cinco minutos tem avião partindo. Do alto dá para ver certinho a linha de fogo que corta o parque em várias frentes. A câmera instalada registra o momento de um lançamento de água. O piloto é certeiro, mas ainda falta muito para apagar as chamas.

Ajuda importante para os 200 brigadistas que enfrentam as labaredas há uma semana. “Ele vai abaixar a chama e o brigadista faz o acabamento”, disse um homem.

O parque é um santuário natural. Abriga mais de 10 mil tipos de plantas. Mil e quinhentas espécies de animais que vivem lá estão acuadas pelas queimadas. “No parque vivem lobos guarás, onças pintadas, veados, entre outros, certamente há uma mortandade grande de animais”, disse o chefe do parque, Fernando Tatagiba.

Duas cidades, Alto Paraíso e Cavalcante, no entorno da reserva, decretaram situação de emergência. O parque, que recebe 65 mil turistas por ano, está com a visitação suspensa. A visibilidade nas rodovias está prejudicada. O trabalho para tentar conter a devastação também é feito à noite.

“Todo mundo está preocupado com o dano, com o impacto negativo que esse incêndio pode causar, por isso que todo mundo está aqui, que nós trabalhamos 24 horas incessantemente”, disse o coordenador de combate a incêndios da ICMbio, Christian Berlinck.

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