Uma suposta conversa entre o publicitário Marcos Valério – preso desde 2011 e condenado por envolvimento no mensalão – e a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi divulgada pela revista Veja.
“Ele (Valério) deixou muito claro que o senhor Ronan Maria Pinto ia entregar o senhor Luiz Inácio Lula da Silva para a polícia como mentor do assassinato do prefeito Celso Daniel”, escreveu a deputada em um ofício enviado ao procurador de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, narrando as conversas com o publicitário e pedindo andamento às investigações do crime.
De acordo com a publicação, Marcos Valério disse que o empresário Ronan Maria Pinto exigia 6 milhões de reais para não divulgar informações relacionadas ao caso Santo André, envolvendo o presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu e o então assessor particular Gilberto Carvalho.
O publicitário teria garantido à deputada que possui provas da chantagem e vem negociando acordo de delação premiada com três promotores de Minas Gerais e dois procuradores da República.
Segundo revelou Marcos Valério, o ex-prefeito Celso Daniel pretendia entregar um dossiê para a Polícia Federal e para o presidente Lula, envolvendo petistas com o crime organizado. A deputada enviou um ofício sobre o caso ao procurador de Justiça de São Paulo em 3 de abril e, depois disso, dois promotores foram Marcos Valéria na prisão. Ainda conforme a Veja, o publicitário quer depor somente à Polícia Federal.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Ronan e o advogado informou que o empresário jamais cometeu chantagens. A assessoria do ex-presidente Lula não se manifestou.
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