PONTO A PONTO

A NOTA DE CÂMARA– O governador Paulo Câmara (PSB) disse, por meio de nota oficial, estar à “disposição do presidente Temer [Michel Temer]” para ajudar o novo governo na retomada do crescimento econômico. Segundo o socialista, “sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes”. No texto, Câmara, que também é vice-presidente nacional do PSB, destaca que apesar do PSB decidir não participar diretamente do novo governo, “ajudará em todas aquelas propostas que estão sintonizadas com a agenda do partido para o Brasil”.

Um tropeço que pode custar caro Por ironia do destino, dois dos principais Ministérios ocupados por pernambucanos – Educação e Cidades – entram na cota do DEM e PSDB, partidos que ocupavam a base do Governo Paulo Câmara e que foram “expulsos” na quarta-feira, quando se votada em Brasília o impeachment de Dilma. O convite a cair fora foi provocado pela sucessão no Recife. PSDB e DEM terão candidatos em faixa própria, não apoiando a reeleição de Geraldo Júlio.

Partidos com Dilma– O Ministério do Governo de Michel Temer  tem seis partidos que fizeram parte da chapa anunciada pela presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial de outubro de 2015, antes do desembarque de partidos como o PMDB e o PP. São eles: PMDB, PP, PR, PRB, PSD e PTB. Entre os 24 nomes anunciados, alguns já haviam sido divulgados informalmente por interlocutores de Temer ao longo das últimas semanas, como Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

Os direitos da afastada– A presidente Dilma Rousseff poderá manter, enquanto estiver afastada da Presidência da República, salário de R$ 27.841,2, o uso do Palácio da Alvorada (residência oficial do presidente da República), segurança pessoal, assistência saúde, avião, carro oficial e a equipe a serviço de seu gabinete pessoal. A manutenção das prerrogativas foi anunciada, ontem, pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), depois que proclamou a decisão da Casa de aprovar o afastamento de Dilma por até 180 dias.

Bancada de suplentesCom a convocação de quatro deputados para o Ministério, o presidente Temer transforma a bancada pernambucana na Câmara Federal numa seara de oito suplentes. No início do seu Governo, Paulo Câmara já havia aberto quatro vagas. Chegam agora ao Congresso os suplentes Cleuza Pereira (PSB), Severino Ninho (PSB), Guilherme Coelho (PSDB) e Roberto Teixeira (PP), na foto. Este último, ex-genro do ex-deputado Pedro Correia, ganhou a vaga na condição de oitavo suplente graças a nomeação de Fernando Bezerra Filho, que liderava a bancada do PSB na Câmara, para Minas e Energia.

PRIMEIRA FALA – Na sua primeira fala, ontem, no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer ressaltou números herdados da administração Dilma, como um déficit fiscal de quase R$ 100 bilhões, e um número de desempregados de cerca de 11 milhões de brasileiros. Mas prometeu, com ênfase, manter os avanços nos programas sociais, especialmente o Bolsa-Família.

CARIMBO– Além das mensagens como “golpe”, “resistência” e “injustiça”, o discurso de saída da presidente afastada Dilma Rousseff tentou carimbar a marca de conservadorismo e retrocesso no governo Michel Temer.  Dilma afirmou que o novo governo reduzirá gastos sociais e sugeriu que pode haver repressão aos movimentos sociais.

Perguntar não ofende: Quem fez a cabeça de Paulo Câmara para antecipar o rompimento com o PSDB e DEM num dia em que o País votava o impeachment e se construía a possibilidade de o Estado ganhar ministérios na era Temer?

 

fonte:blogdomagno

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *