Vice-presidente Michel Temer recebeu aliados em sua casa, em São Paulo
PSDB pede ‘relação institucional’ com o partido do vice; já o PP exige tratamento ‘compatível’ com o tamanho de sua bancada
Ainda que o vice-presidente Michel Temer não tenha assumido a Presidência da República, partidos já se movimentam e apresentam suas condições para apoiar um eventual governo que surja a partir do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Principal partido de oposição ao governo Dilma, o PSDB quer receber um tratamento diferente do dispensado pelo governo petista ao PMDB.
“O que o PSDB deseja é um relação institucional, que o vice-presidente trate o PSDB com o respeito que o PT não tratou o PMDB”, disse o líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) .
A bancada de senadores do PSDB deve se reunir na próxima semana para debater o assunto, que também será discutido em reunião da direção partidária prevista para 3 de maio.
Já o PP, que até pouco tempo integrava a base de sustentação de Dilma, mas desembarcou do governo e votou na Câmara a favor da abertura do impeachment contra a presidente, ainda não decidiu se apoiará Temer, mas já considera que uma possível participação leve em conta seu “tamanho” no Congresso.
“Existe uma possibilidade grande de isso acontecer, mas não sentamos para discutir participação de governo”, disse o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI).
“A conversa que tive com Temer é que no caso de participação, queremos ser tratados de maneira compatível com o tamanho da nossa bancada, coisa que não ocorreu no governo Dilma”, afirmou, referindo-se ao grupo de 47 deputados e seis senadores. (Da Agência Reuters)