PF indicia Pimentel: corrupção e mais 3 crimes

Folha de S.Paulo – Gabriel Mascarenhas

A Polícia Federal indiciou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), sob suspeita de corrupção passiva, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

No início do mês passado, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Herman Bernjaminautorizou a PF a colher depoimento do petista e indiciá-lo, caso já tivesse provas de que ele cometeu crimes.

Agora, caberá à PGR (Procuradoria-geral da República) decidir se apresentará denuncia contra o governador. Caso isso ocorra, e o Judiciário acate, Pimentel se tornará réu em uma ação penal.

O petista é um dos principais alvos da Operação Acrônimo, que teve início com a investigação de supostas ilegalidades na campanha dele ao Palácio da Liberdade, em 2014.

Mais adiante, a mesma operação identificou indícios de compra de medidas provisórias e de favorecimento a empresas em empréstimos no BNDES no período em que Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pasta à qual o banco de fomento é vinculado.

O governador não compareceu a um depoimento na PF na última sexta (8), embora tenha sido convocado.

Porém, a Folha apurou que, mesmo antes de agendar a oitiva, a PF já havia recolhido elementos suficientes para indiciá-lo.

OUTRO LADO

Em nota, o advogado do petista, Eugênio Pacelli, afirmou que Pimentel “tem todo o interesse em depor, porém, nos limites da lei e com obediência à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”.

“Assim sendo, esperamos que o Ministério Público Federal (MPF) permita que o Governador exerça seu direito de ser ouvido no âmbito adequado, tal como já reconheceu a ilegalidade do indiciamento no âmbito do STJ”, diz o texto.

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