A ex-senadora Marina Silva, presidente do partido Rede Sustentabilidade, criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por, após ser levado pela Polícia Federal para depor na última sexta-feira (4), incitar a militância petista a partir para o confronto, até mesmo físico.
“É triste, obviamente, ver um partido que no passado suscitou tantas esperanças na defesa da ética e no combate à corrupção, agora tendo que fazer apologia do conflito, do confronto, para se defender de acusações”, afirmou.
Marina alertou que qualquer incitação à violência é preocupante. Ela argumentou que a Polícia Federal deve apurar informações sobre supostas condutas ilícitas do ex-presidente, assegurando o direito de defesa de Lula. “Ninguém está acima da lei. Temos que aguardar o andamento das investigações”, continuou. Segundo a ex-senadora, não é hora de apontar culpados. “Não se pode condenar a priori, mas também não não se pode desqualificar a priori os indícios de corrupção”.
A fundadora do Rede ressaltou também que a saída das “várias crises” que o país vive está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Marina ressaltou que o impeachment não é golpe, mas disse que “nem sempre o caminho mais rápido é o melhor”. Para ela, o impeachment não traria avanços práticos, já que Dilma e Temer, o PT e o PMDB, seriam “duas faces de uma mesma moeda”.
“O impeachment cumpre a formalidade legal, mas não a finalidade que queremos. O melhor caminho é o processo no TSE, porque julga a chapa Dilma-Temer, devolvendo ao povo a possibilidade de corrigir um erro involuntário, pois foi induzido a ele”, afirmou.