Lula e filho foram avisados sobre a batida policial, diz jornalista

O ex-presidente teve atitudes estranhas, como perguntar pelo Japonês da Federal, e Fábio Luiz mandou os filhos para a casa da avó materna e esperou a PF de banho tomado.
A Operação Aletheia sofreu vazamentos inaceitáveis, que, aliás, são alvos de processos para apurar as responsabilidades. Lula e seu filho, Fábio Luiz, foram informados com antecedência de que a Polícia Federal bateria à porta deles. Fábio mandou os filhos para a casa da avó materna e, na data da operção, acordou cedo, tomou banho e ficou à espera dos agentes da lei. Lula não demostrou grande surpresa e teve até atitudes estranhas, como perguntar onde estava o Japonês e propor que fosse levada algemado, talvez para reforçar seu discurso, espetaculoso e vitimista, contra o juiz Sérgio Moro.
As informações são da jornalista Eliane Cantanhêde.
Leia trecho da coluna publicada regularmente pelo Estadão:
Os partidários de Lula acusam o juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal de produzirem um “espetáculo”, como parte de uma estratégia para jogar a opinião pública contra o ex-presidente, a atual presidente e o partido de ambos. Mas, de outro lado, os que se opõem a Lula também acusam Lula de ter maquinado com tempo suficiente o seu próprio “espetáculo” durante e depois da operação policial. Nada foi de surpresa, nada foi por acaso.
É assim que as várias crises chegam a um novo estágio: o embate direto entre Lula e Moro, para definir no imaginário popular quem é o “bem” e o “mal”, ou quem é o “bom” e o “mau”. Isso, obviamente, tem um reflexo direto nos ânimos das ruas, que serão o palco da guerra política não apenas no próximo domingo, dia 13.
A condução coercitiva de Lula dividiu o mundo político e provocou reações apaixonadas na sociedade. Uns, como o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, consideram que levá-lo “sob vara” foi um “ato de força”, um “excesso”. Outros, até mesmo advogados, consideram que foi mais um gesto educativo para mostrar que “todos são iguais perante a lei”.
PERGUNTA: Agora, o PT vai deixar de criticar vazamentos seletivos?

Foto: Reprodução

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