É POR AÍ…Já não sei mais se flutuo na paisagem; mostro que com as aspas da vida, vôo, ou se mergulho nas águas,pois acabam de perguntar se sou um mergulhador. Parei e fiquei a imaginar:Será que ao olhar-me pensou que sou um morador de Lua ou mergulho a dor ,e achou que com a solidão cansada, em mim, eu preciso de oxigênio?ando,flutuo,vôo.Sinto que estou no sumidouro, como quem habita o cânion.Tomo caminho e silêncio, ao observar,na vida, o mapa de seguir.Estou um pouco quase sem alma, sem leme, e sem ventania.
O mundo está sem ruas e avenidas e eu choro.Choro como o menino, que chega à cidade grande, com o sonho, constrói o castelo; com a luta de um lutador, mesmo sem a luva de box,vence sem fome;porque escreve lições em livros de pedras a definir que um vencedor, tem que vencer dores.Pois, já com tudo construído,chega um Otelo, shakespeariano, toma tudo.Agora por onde ir? Cadê a rua? É a hora do reencontro, do refazer e do rebuscar.Portanto aprendeu na vida que o desatino não badala o sino, porque assim não tine nem a prece,nem a oração. E por sentir que viver é ter para viver e não viver para ter; retoma um livro onde hoje no meio do mundo, em seu caminho, tem um bar,uma mesa, ao lado uma flor perfumada em riso e uma madrugada com amorosos tragos de vinho.Daí, por tudo que passou ,aprendeu a morrer, por ter aprendido a renascer.!FLAVIO RICARDO CHAVES -FRC