Lula é intimado por Sérgio Moro para depor na Lava Jato

Depoimento será em São Paulo, no dia 14 de março. Ex-presidente foi arrolado como testemunha  do amigo Bumlai

A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, comandada pelo juiz paranaense Sérgio Moro, tem tudo para se tornar dramática para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As investigações se aprofundam cada vez mais e o cerco se fecha, o que antes parecia algo quase que inimaginável, hoje é inevitável, pois Lula deverá depor ao juiz Sérgio Moro, pela primeira vez, no dia 14 de março, através de videoconferência em que ele será arrolado como testemunha de defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, que se encontra preso, sem no entanto, a necessidade de que Lula se desloque para Curitiba,  sede da Justiça Federal do Paraná.

A data do depoimento foi marcada pelo juizSérgio Moro e a oitiva deverá ser pública, assim como ocorre de acordo com a norma de todos os depoimentos da Operação Lava Jato, responsável por investigar rombos bilionários que atingem a maior estatal brasileira, a Petrobrás. A defesa de Lula poderá, no entanto, requisitar que ele não seja filmado, com o propósito de que sua imagem seja preservada. Porém, o depoimento deverá conter a voz do ex-presidente, pelo fato de que o mesmo procedimento já tenha ocorrido antes nos demais depoimentos já realizados pela força-tarefa.

Tom das ruas

O depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro ocorrerá justamente um dia após as megas manifestações previstas em todo o Brasil e marcadas para o dia 13 de março,convocadas por grupos pró-impeachment, em que são esperados milhões de brasileiros às ruas de todo o país, em protestos, exigindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

As investigações pretendem esclarecer as dúvidas principalmente sobre  contratos de R$ 1,5 bilhão de reais que remontam às operações que envolvem o navio-sondaVitória 10.000. De acordo com as apurações da PF, o contrato bilionário foi adquirido pelo Banco Shahin, devido Bumlai ter fraudado um empréstimo de R$ 12 milhões destinados ao PT no ano de 2004, embora Bumlai tenha isentado o ex-presidente Lula. As informações foram relatadas por um dos donos do grupo Shahin, Salim, através de acordo de delação premiada firmado com a Operação Lava Jato.

Suspeitos negam

Tanto Bumlai, quanto o PT, negam o contrato e o empréstimo fraudulento realizado junto ao Banco Shahin. Já o ex-presidente Lula se defende afirmando que há na Lava Jato, “processo de criminalização do PT”.

As apurações da Polícia Federal, através de todo o trabalho árduo realizado, caminham no sentido de “desenlaçar” toda a trama de corrupção existente e originada nos desvios bilionários de recursos públicos provenientes da Petrobrás, razão pela qual a sociedade brasileira espera uma resposta e que fundamentalmente,  a corrupção seja plenamente investigada, elucidada e não seja mais tolerada neste país.

 

fonte:ricmais

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