Armando Monteiro defende recriação da CPMF

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De acordo com Armando, a economia do Brasil passa por uma transição. Foto: Reprodução/Twitter Rádio Jornal

Escolhido pela presidente Dilma Rousseff (PT) para chefiar o progresso do País, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto (PTB), defendeu a volta da CPMF, anunciada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“Não se tem como fazer mágica. Ou você cria o imposto ou não paga as contas do País. No atual contexto, não existe outro caminho a não ser criar um imposto provisório”, disse Armando defendendo a recriação da CPMF, tributo que era cobrado sobre transmissão de valores em bancos.

 

Segundo Armando, o País está vivendo um momento de ajuste fiscal severo, mas necessário para a retomada do crescimento e do desenvolvimento. Durante entrevista à Rádio Jornal, nesta sexta-feira (23), o ministro defendeu o ajuste em curso como a condição para os juros voltarem a cair, o crédito voltar a crescer de forma mais consistente e colocar o Brasil em rota de expansão novamente. “Não existe outro caminho que não seja o do ajuste, porque sem ele não tem como voltar a crescer”, afirmou.

O ministro saiu em defesa do ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma, mas afirmou que para que o Brasil inicie um novo ciclo de crescimento é preciso avançar em temas como a reforma tributária, a reforma da presidência e o ambiente regulatório nacional. “O ajuste é meio, o objetivo é o crescimento. Eu acho que o ministro Levy precisa dar cada vez mais espaço nas suas manifestações a essa agenda pós-ajuste”, alertou, lembrando que o papel da comunicação é muito importante para o Ministério da Fazenda.

De acordo com Armando, a economia do Brasil passa por uma transição. “O objetivo de qualquer política econômica é o crescimento. O ajuste precisa ser um meio e não o fim. A presidente Dilma vem tentando fazer o ajuste fiscal, mas também depende do Congresso”, ressaltou.

Contradição

Vale ressaltar que Armando Monteiro já combateu, fortemente, a volta da CPMF, mas atualmente não enxerga outras alternativas para sair da crise.

Em sua posse, no início do ano, Armando classificou de “grande retrocesso” um possível retorno da CPMF. “Essas especulações em torno da CPMF sempre estiveram mais localizadas no ambiente politico do que propriamente no ambiente de formulação da politica macroeconômica”, reforçou a crítica durante sua posse no dia 07 de janeiro de 2015.

IMPEACHMENT

Em um tom otimista, o ministro pernambucano fez questão de afirmar que o Brasil tem capacidade de superar crises episódicas, mas lembrou que a disputa política radicalizada precisa serenar porque os problemas do país existem posturas mais responsáveis do governo e da oposição. Ele também disse que a oposição precisa se dar conta de que a escaramuça sobre impeachment tem que terminar de uma forma ou de outra.

“Nós estamos enredados numa disputa política que vem se estendendo demasiadamente. A oposição está intrincheirada na tese do impeachment. O impeachment pelo impeachment. É uma luta política aberta. Enquanto a agenda do Brasil, for essa discussão do impeachment, nós paralisamos uma série de iniciativas que são fundamentais para o Brasil sair da crise. E aí, o que é que eu desejo? Eu desejo que essa questão de algum modo se resolva. O Congresso nacional possa resolver isso em três semanas ou em quatro, para nós passarmos para uma outra agenda”, disse.

 

fonte:jconline

 

 

 

 

 

 

 

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