Preocupada com o comportamento “imprevisível” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff realizou duas reuniões no final de semana para tratar sobre o andamento na Câmara, a partir desta terça-feira, do processo de impeachment contra ela. Depois de uma viagem-relâmpago a Porto Alegre (RS), de menos de 24 horas, a presidente voltou a Brasília e se reuniu com os ministros Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e Aldo Rebelo, do ministério da Defesa. A ordem de Dilma é acionar os ministros dos partidos aliados para tentar obter o apoio da base e, assim, barrar o impeachment.
No sábado, Dilma já havia se reunido com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Logo em seguida, Dilma embarcou para Porto Alegre, para se encontrar com a família, de onde voltou na tarde deste domingo. A presidente decidiu voltar já no domingo e não passar o feriado de hoje na capital gaúcha.
— Temos que ter maioria no Congresso. Tem que valer a coalizão — disse um ministro.