Um representante do Departamento de Justiça dos Estados Unidos vai a Curitiba em outubro para negociar acordos com delatores da Operação Lava Jato. O objetivo é conseguir provas para processar empresas que têm negócios nos EUA e pagaram propina no Brasil ou em outro território para fechar contratos com a Petrobras. Empresas brasileiras que têm negócios nos Estados Unidos ou companhias americanas que trabalham para a Petrobras podem ser punidas se as autoridades de lá concluírem que a corporação pagou suborno no Brasil ou na Suíça para fechar negócios.
As autoridades suíças investigam Eduardo Musa e Julio Camargo, delatores da “lava-jato” que citaram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em seus depoimentos no Brasil. A Procuradoria-Geral da Suíça confirmou ao jornal Folha de S.Paulo que o alvo principal são as contas bancárias no país usadas por ambos para receber propina do esquema de corrupção que envolvia a empresa. Musa afirma que Cunha tinha a palavra final na indicação para a diretoria Internacional da Petrobras e Camargo acusa Cunha de ter recebido R$ 5 milhões desviados da estatal. O presidente da Câmara diz não ter tido e acesso ao depoimento de Musa e nega ter recebido propina.