Honrar a toga

O jornal Estado de S.Paulo critica, em seu editorial desta sexta-feira, três ministros do Tribunal Superior do Trabalho que proferiram diversas palestras pagas pelo Bradesco e julgam processos envolvendo a instituição financeira. O jornal cita os ministros João Batista Brito Pereira, que proferiu 12 palestras e foi corregedor-geral da Justiça do Trabalho; Guilherme Caputo Bastos, que ministrou seis palestras e foi relator de 170 ações envolvendo o banco; e Márcio Eurico Amaro, relator em 152 ações em que a instituição financeira é parte.

O advogado João Bernardo Kappen, em artigo publicado pelo jornal O Globo, afirma que a característica fundamental de um juiz hoje é a imparcialidade. “Quem exerce a função de juiz não deve ter qualquer interesse pessoal ou público na solução dos casos que são apresentados ao Poder Judiciário”, diz. Segundo ele, o juiz como investigador e acusador rememora aos tempos da inquisição espanhola e que essas atividades devem ser exercidas pela polícia e pelo Ministério Público, respectivamente.

 

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