Foi aberta uma consulta segundo a qual o medicamento Avonex pode ser cortado. Ele é usado por 20% dos pacientes de esclerose múltipla atendidos pelo SUS.
“Desde que foi diagnosticada com esclerose múltipla, em 2006, a secretária executiva Marly Thomaz tem um companheiro fiel com o qual entra em contato uma vez toda semana. O medicamento Avonex — cientificamente conhecido como betainterforena 1a de 30mcg — impede, afirma ela, a ocorrência de surtos e retarda o avanço de sua doença, que é crônica e não tem cura. Ela o toma, por meio de injeção aplicada em casa, nos últimos nove anos, ininterruptamente, e tem a esclerose controlada. Este mês, no entanto, Marly tem observado, atenta e preocupada, a possibilidade de ter o tratamento interrompido. Uma consulta pública aberta pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) determinará se o Avonex continuará sendo disponibilizado gratuitamente ou se ele será suspenso, podendo ser comprado apenas em farmácias.”
Ainda segundo a reportagem, cerca de 20% dos pacientes de esclerose múltipla atendidos pelo SUS usam tal medicamento.
É acintoso que o governo corte esse tipo de tratamento, ainda mais diante de tantas denúncias de desvios, corrupção e mau gasto do dinheiro público. Saúde não é supérfluo, não deveria nem mesmo ser um tema cogitado para haver cortes.
O Globo