A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 21, que quer e precisa da aprovação das medidas de ajuste fiscal em tramitação no Congresso. Acrescentou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é homem de sua confiança e permanecerá no governo. Segundo ela, o ajuste é “fundamental” para o “Brasil virar esta página” que começou com a crise econômica mundial, em 2008.
Em referência aos comentários do senador Lindberg Farias (PT-RJ), que em entrevista nessa quarta-feira (20) defendeu a saída de Levy, a presidenta disse que o ministro vai permanecer no governo. “Este é um país democrático, as pessoas podem pensar diferente. Dentro de todos os partidos, você vê pessoas pensando diferente. Eu não tenho a mesma posição do senador em relação ao Joaquim Levy. O Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo”, afirmou.
As declarações foram feitas no Palácio Itamaraty. Enquanto aguardava a chegada do presidente uruguaio Tabaré Vázquez, a presidenta disse que o país vive um momento “muito especial” em que a aprovação do ajuste é necessária. Ela destacou que em um regime democrático, o Poder Executivo não pode dar ordens para o Legislativo aprovar. Para Dilma, não é possível tratar de eventuais vetos à alterações que porventura sejam feitas pelo Congresso.
“Nós trabalhamos para a aprovação. O que se faz? Se dialoga. Eu tenho de respeitar como vai se dar a discussão. Não sei se vai ter emenda ou não. A gente não faz prognósticos, a gente observa a realidade, tenta criar condições para que coisas se deem conforme as necessidades do país”, afirmou a presidenta.