O rebaixamento da classificação de risco da Petrobras pela agência Moody’s nesta semana chacoalhou o mercado e levantou dúvidas sobre a capacidade da petroleira de encontrar saídas para o labirinto em que se encontra.
Por ora, é possível concluir que a mudança de status deve aprofundar a crise vivida pela estatal e complica o cenário já difícil para a captação de investimentos da companhia. Mais do que isso, abriu espaço para especulações sobre a capacidade do Brasil de se preservar de um eventual contágio do efeito Moody’s. Como a Petrobras é a maior empresa do país, os riscos do Brasil e da estatal possuem certas conexões, de acordo com especialistas.
“Ao perder o grau de investimento e passar a integrar a nota do grupo especulativo, a Petrobras terá ainda mais dificuldade para conseguir financiamentos, e pode fazer com que o governo tente salvar as contas da empresa”, afirma Edmilson Moutinho, economista e professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo.
“No entanto, não quer dizer que necessariamente a estatal rebaixará o país, pois a nota do Brasil está muito mais vinculada à política fiscal que o Governo se comprometeu a aplicar neste ano de 1,2% do PIB”, completa.(Do El País: Heloísa Mendonça)
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