Blog do Gerson Camarotti
Aliados de Eduardo Campos negam que houve qualquer descuido do ex-governador na escolha dos pilotos do jato que caiu em agosto do ano passado em Santos, causando a morte de sete pessoas. Segundo investigadores do Cenipa, os dois pilotos tinham habilitação para o modelo Cessna 560, e não para o Cessna 560 XL+, modelo do avião acidentado.
A documentação da tripulação mostrou que, embora habilitados para voar num modelo anterior do avião, os pilotos ainda não tinham feito o treinamento recomendado pela fabricante do jato. Segundo aliados de Campos, que se reuniram hoje na sede do PSB em Brasília, esse treinamento não era uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar a aeronave utilizada. Portanto, os pilotos estariam “100% regulares”.
“Se essa era uma exigência, os pilotos não deveriam ter a permissão da Anac para conduzir o avião”, observou ao Blog um aliado.
A viúva do ex-governador, Renata Campos, esteve hoje em Brasília para acompanhar a avaliação dos técnicos do Cenipa. Num apartamento, ela ficou ao lado dos filhos para monitorar a entrevista dos investigadores do acidente. Ela não deve se pronunciar até uma posição final do órgão sobre o acidente que vitimou Eduardo Campos.
Antes da entrevista coletiva, familiares das vítimas, incluindo Renata Campos, foram informados sobre detalhes do que seria divulgado. O aviso a familiares é uma praxe do Cenipa nesse tipo de investigação.