Quem manda não ser banqueiro!

 O último ato de Guido Mantega no Ministério da Fazenda beneficiou um determinado setor da Economia. Adivinhe: qual? Errou: foi o bancário. Mantega deu aos bancos um bom aumento, de até 135,6%, nos preços cobrados para arrecadar receitas da União e da Previdência.

Como? O caro leitor há muito tempo não tem aumentos de salários nesse montante? Quem manda não ser banqueiro?

Até recentemente, cada documento pago por débito em conta-corrente rendia ao banco R$ 0,40; e, se a guia fosse quitada de outra forma, R$ 0,59.

A partir do reajuste concedido por Guido Mantega, cada documento quitado, sem código de barras, passou a render ao banco R$ 1,39 – ou seja, mais 135,6%. Documento com código de barras teve reajuste mais modesto: só 86,5%. Segundo a Federação dos Bancos, Febraban, o serviço de arrecadação de tributos federais movimenta algo como 126 milhões de documentos por ano. Basta fazer o cálculo.  (Carlos Brickmann)

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