A prisão foi realizada no inícion da madrugada desta quarta-feira no Rio de Janeiro
O ex-diretor da área internacional da Petrobrás no governo Lula, Nestor Cerveró, foi preso preventivamente no início da madrugada desta quarta-feira (14), na área de desembarque do aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Cerveró responderá pela prática de dois atos de corrupção e 64 atos de lavagem de dinheiro.
Além da prisão, o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná pede o ressarcimento no valor de aproximadamente R$ 156 milhões, sem prejuízo do confisco de aproximadamente R$ 140 milhões provenientes de crime, ou seja, busca-se um retorno de R$ 296 milhões aos cofres públicos.
O vôo em que Cerveró retornou ao Brasil teve como origem a capital inglesa, Londres. Segundo passageiros, ele veio tranquilamente na primeira classe e foi preso por policiais federais ao desembarcar.
O advogado do réu, Edson Ribeiro, estranha a prisão – já que a Polícia Federal (PF) e o MPF sabia da viagem e teria agendado um depoimento de Cerveró na próxima quinta-feira (22), além de entender que decreto de prisão preventiva não se aplicaria na situação de seu cliente.
Em princípio, Cerveró – que é investigado na operação Lava-Jato – deve ser transferido para Curitiba a qualquer momento.
Polícia Federal confirma
Em nota, a PF confirma a ação e a justifica devido a “fortes indícios de novos atos ilícitos” por parte de Cerveró.
Dois dos indícios seriam a transferência de R$ 500 mil para a conta corrente de uma de suas filhas e a negociação subfaturadas de três apartamentos – avaliados em R$ 7 milhões – por R$ 560 mil.
Segundo a PF, há suspeitas de que Cerveró tentaria atrapalhar as investigações.
Nesta terça-feira (13), buscas e apreensões foram feitas na casa do ex-diretor da Petrobrás e de familiares.
*Com informações da GloboNews