ENTREVISTA
Coronel Paulo Mendes, ex-comandante da Brigada Militar do RS
A polícia francesa exterminou os terroristas islâmicos em ação rápida, libertando os reféns e dando um ponto final a submissão que tais criminosos estavam a fazer ao Estado. Foi correta a ação da polícia ?
A Polícia francesa está sendo referência para os demais países de como tratar ações de delinquentes que tomam reféns
Tem gente que acha que é preciso negociar até a exaustão com esse tipo de criminoso sanguinário.
O Estado tem que ser decidido e não pode “negociar” com delinquentes.
Por que razão ?
Porque se fortalece com a ação, encorpando-se para outras possíveis intervenções. No caso dos sequestradores, caso obtenham sucesso, sentir-se-ão fortes e tendem a repetir o crime.
Usar força total num caso como este ?
O poder do Estado deve ser exercido em sua plenitude, firmando a primazia do emprego da força.
Mas é preciso ter gente preparada para a ação.
Antes de tudo é preciso fortalecer a atuação da polícia especializada, que treina e se prepara de forma exclusiva, para a preservação do estado de direito.
A polícia francesa estava preparada ?
Percebe-se, por informações ainda preliminares, que a polícia francesa esteve pautada por protocolos de procedimentos especializadas e técnicos, respeitado por todos os segmentos da comunidade e governamental (escolas fecharam, pessoas se recolheram a suas casas e as autoridades respaldaram a ação policial). Foi proativa.
Aqui no Brasil não é assim que a polícia age, até porque os governos não permitem.
É o momento para que se faça uma reflexão sobre o tema.