O senador Cristovam Buarque (PDT) foi um dos primeiros a condenar a iniciativa do Governo de cortar gastos. “Se o governo da Dilma tivesse escutado os alertas que muitos de nós fizemos, não chegaria nesse ponto. Quantas vezes alertamos que os gastos públicos estavam excedendo o que era possível?”, questionou.

De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff (PT) está fazendo exatamente o contrário do que pregou em sua campanha eleitoral. “Ela criticou os candidatos Aécio e Marina. Disse que eles não deveriam ser eleitos, pois iriam fazer esse tipo de arrocho. Ela disse que nem que a vaca tossisse ela faria esse arrocho. E agora vai ter que fazer. Eu me pergunto se ela não sabia disso ou sabia disso e escondeu para ganhar a eleição?”, pontuou.

O pedetista também acusou o Governo de ser negligente. “Eu alertei que a política de exoneração fiscal provocaria um rombo. Fala-se de R$ 230 bilhões de rombo, de sacrifício fiscal. Claro que isso iria pressionar as contas. Eles vão ter que fazer agora um grande sacrifício por isso”, colocou.

Para minimizar as críticas, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o ajuste não atingirá os empregos e salários. “Seja qual for o ajuste, é um ajuste que se fará sem sacrifício a direitos, sem prejudicar o emprego, sem arrochar salários, isso é a orientação da presidenta”, explicou. De acordo com o petista, a redução das despesas é necessária em função do impacto da crise econômica mundial no Brasil.