Do Diário de Pernambuco
Os oito últimos anos de gestão do governo do estado trouxeram avanços em áreas como educação, saúde, mobilidade e segurança pública. Pernambuco foi um dos poucos que conseguiram reduzir o número de homicídios, graças ao Pacto Pela Vida, carro-chefe do governo. Em 2007, quando o programa foi criado, a média de assassinatos era de 56 a cada 100 mil habitantes. Hoje está em 37,12. A partir de 2015, o governador eleito, Paulo Câmara, assumirá o comando das ações, mas terá desafios pela frente. As questões urbanas talvez sejam o nó mais difícil de ser desatado. Obras importantes, como a ampliação do Sistema Estrutural Integrado (SEI) de 9 para 25 unidades, a implantação de parte dos corredores de BRTs e o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe colocaram, pela primeira vez, o transporte coletivo como centro das atenções. Mas muitas ações ainda não foram concluídas, como a implantação dos corredores Norte/Sul – faltam 18 estações – e o Leste/Oeste – será necessário entregar o Terminal Integrado (TI) da 3ª e da 4ª Perimetral e outras 11 estações. De acordo com o professor de arquitetura e urbanismo da UFPE, Maurício Pina, o governo tem que retomar ainda o planejamento da cidade e atualizar as leis do sistema viário. “O Plano Diretor, por exemplo, há sete anos não é alterado”, disse. De acorco com a Secretaria das Cidades, os corredores serão entregues até maio e as obras do ramal da Agamenom Magalhães serão iniciadas. Segundo representantes do atual governo, as desapropriações e a burocracia no rapasse das verbas, entre outros pontos, atrasaram os serviços. “Câmara vai herdar obras e projetos importantes, como o corredor da 4ª perimetral, na BR-101, o corredor da Avenida Norte, o Arco Metropolitano e a licitação da concessão de transportes. Nunca se investiu tanto em infraestrutura como nessa gestão”, afirmou o secretário da pasta, Evandro Avelar. |