Por Fernando Gabeira
Vinte e cinco da queda do Muro de Berlim. Fui viver lá como correspondente da Folha de São Paulo.
Ainda hoje guardo as fotos dos dias livres pelos parques e ruas de Berlim.
A mulher andando com um cachorro está diante do Lago Wansee. Um banco do trem de superfície, um jardim, quase sempre saia para fotografar com bom tempo.
Fui a Alexander Platz e mantive o nome no quadro porque é famosa pelo romance de Alfred Deublin e pelo versão de cinema de Werner Fassbinder.
Mas a estação mais atraente para mim sempre foi a de Wittenberg Platz onde era possível tomar um café numa atmosfera bem diferente de uma estação de metrô.
Fui para Berlim pensando em ver a reunificação. Hoje ela é história. A cidade já se preparava para um grande salto. É sempre curioso voltar atrás tantos anos e encontrar as lembranças das horas livres em Berlim, finalmente livre.