Empresário da japonesa Toyo espanta MPF com revelações oceânicas sobre a corrupção na Petrobrás

O caso do Petrolão é tão grave quanto revelou ontem o senador Aécio Neves. 

Os depoimentos do empresário Júlio Camargo à Justiça Federal, sob delação premiada – garante fonte ligada às investigações – fazem parecer irrelevantes as revelações do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do megadoleiro Alberto Youssef sobre o esquema que roubou a Petrobras. Isto é o que revela hoje o jornalista Claudio Humberto no seu site Diário do Poder. Leia mais:

Ele não é apenas um executivo da japonesa Toyo Setal, responsável por depósitos no exterior depois convertidos em propina para políticos: “ele é o coração do esquema de corrupção”, diz a fonte.

O MPF acredita que Júlio Camargo protagonizou a formação de cartel de grandes fornecedores da Petrobras que alimentaram o Petrolão.

Júlio Camargo é mais que um “executivo”, como tem sido chamado. Ele seria, para os investigadores, líder e articulador do esquema corruptor.

Ao propor delação premiada, Júlio Camargo mostrou que a Operação Lava Jato atingiu em cheio o esquema de corrupção na Petrobras.

O grupo japonês que ele representa tem contratos no valor de R$ 4 bilhões com a Petrobras.

Segundo outro delator, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, contratos dessa natureza, obtidos com fraude em licitação e cartel, rendiam 3% de seu valor para políticos do PT, e título de propina, e 1% para os demais partidos governistas envolvidos no esquema, como PP e PMDB.

Além de haver assumido o compromisso de contar tudo sobre o esquema de corrupção do Petrolão, Júlio Camargo se comprometeu a pagar multa de R$ 40 milhões. Saiu-lhe barato: milionário apaixonado por cavalos, Júlio Camargo é conhecido por levar seus “puro sangue” para competições em aviões climatizados.

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