Respingou aqui: PF vê desvios na refinaria de Suape

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A Justiça Federal acatou ontem a denúncia do Ministério Público
Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, presos desde 17 de março, e abriu processo penal contra eles por constituírem organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Um dos projetos investigados foi a Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca, em Pernambuco, orçada inicialmente em R$ 2,5 bilhões – valor que, atualmente, chega a R$ 20 bilhões.

A Procuradoria relata que Costa usava a posição privilegiada na Petrobras e a influência no setor para fechar contratos fraudulentos com a estatal.A denúncia aponta que os desvios ocorreram entre 2009 e 2014, e se referem a quantias relacionadas ao pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras, com a intermediação de Costa.

O MPF destaca que desde 26 de março de 2008, Costa é conselheiro de administração da refinaria. Procuradores sustentam que o contrato apresentou indícios de superfaturamento ou sobrepreço na execução e no fornecimento de materiais.

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta sobrepreço de R$ 446,2 milhões. O projeto inicial da refinaria foi de responsabilidade Paulo Roberto Costa, que foi diretor de Distribuição da Petrobras entre 2012 e 2014 e cuidou dos projetos técnicos da Refinaria Abreu e Lima.

A MO Consultoria, empresa de fachada criada pelo doleiro, foi
constituída especificamente para operar o dinheiro desviado com
superfaturamento da obra da Refinaria Abreu e Lima, segundo os
procuradores.

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