Universidade vai investigar caso de estudante amarrado em poste

  • Calouras da Faculdade Cásper Libero, em São Paulo, foram obrigadas por veteranos a simular sexo oral com bananas e pepinos
  • Grupos estudantis publicaram nota de repúdio ao trote na instituição 
Calouras foram obrigadas a simular sexo oral com banana e estudante foi amarrado a um poste da Avenida Paulista Foto: Reprodução / Internet
Calouras foram obrigadas a simular sexo oral com banana e estudante foi amarrado a um poste da Avenida Paulista Reprodução / Internet

RIO – O trote aplicado por estudantes veteranos em calouros da Faculdade Cásper Libero, em São Paulo, está causando polêmica. Uma imagem publicada nas redes sociais mostra um aluno do curso de Publicidade amarrado a um poste em plena Avenida Paulista. Outra foto mostra meninas simulando sexo oral com bananas.

A universidade informou que vai investigar os “eventuais abusos” por meio de processo discplinar “contra os infratores”. A Frente Feminista Casperiana Lisandra e o Centro Acadêmico Vladimir Herzog divulgaram uma nota conjunta em repúdio aos acontecimentos.

No texto, os grupos estudantis afirmam que situações como esta não devem ser tratadas como normais. Segundo os alunos, meninas e meninos tiveram que enfiar um pepino na boca. Em outros casos, o legume foi esfregado no rosto deles. “Foi humilhante para muitos ‘bixos’ e ‘bixetes’ passar por isso, além de ser desnecessário”, diz o comunicado.

Sobre o aluno amarrado a um poste, o grupo comentou que vai apurar se houve alusão ao crime ocorrido no Rio de Janeiro na semana passada, quando um adolescente de 15 anos foi agredido e preso a um poste pelo pescoço. “Teríamos motivos suficientes para questionar o futuro da comunicação em nosso país, que estaria também na mão de colegas racistas”, diz o texto.

Os alunos relataram também que o corte de roupas foi, muitas vezes, praticado de forma indiscriminada, deixando meninas de sutiã e meninos apenas de cueca, contra a vontade dos calouros. Durante o trote, uma menina teria tido as mãos e uma das coxas feridas “acidentalmente”.

Por meio de nota, a Cásper Libero lamentou que, apesar de promover uma série de ações para impedir o trote violento e vexatório, “uma minoria de alunos acaba por cometer excessos absolutamente inadequados e reprováveis sob todos os aspectos”.

 

oglobo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *