Por Suenen Chaves

Quando fala-se de processo educacional percebe-se que deve haver uma construção contínua e reflexiva à respeito daquilo que é considerado importante para a base e crescimento de uma sociedade civil. Não existe educação sem reflexão, esse pensamento transcende às práticas metodológicas de ensino, ela refere-se principalmente a forma do saber e de transferir não somente conhecimentos programáticos, mas enfatizar principalmente a importância do exemplo, comportamento e práticas de cidadania. O exemplo maior é dado através da conduta do mestre, perfazendo na formação da moral e da consciência de valores. Essa prática deve ser vivenciada por meio do incentivo às ações que priorizem a coletividade, o compartilhar, o desenvolver e edificar pensamentos críticos-conscientes.

À medida que existe um aprimoramento e discernimento do papel do professor na formação de cidadãos, percebe-se que acontece uma mudança no direcionamento educacional. O educador passa a conduzir, compartilhar, e induzir formas de pensar e agir próprios. Fazendo com que o indivíduo concretize suas decisões e ações de forma estruturada, responsável e independente. A construção da cidadania aliada à educação interfere decididamente na coordenação, organização estrutural, social e civil dos indivíduos.

Quando acontece a unificação da civilização, responsabilidade e educação, notamos a expansão do pensar e agir de forma livre, onde o uso da autonomia sincera enfatiza a consciência igualitária, em que é o cidadão respeita o espaço, as pessoas, o seu convívio. Compartilhando ideias, priorizando ações pacíficas, trocas de experiências e condutas congruentes. Saber conviver é uma arte de difícil domínio. Não existem garantias exclusivas para isso. Mas, o processo educar, aprender e refletir conduz um aprimoramento no caráter e na interação de cidadãos mais conscientes e felizes.

É de responsabilidade do educador trazer à tona assuntos que instiguem o interesse do educando. Desenvolvendo capacidades e habilidades discursivas, assuntos contemporâneos e condizentes à realidade. Fazendo-os assim envolver-se e embriagar-se por novas perspectivas educacionais, colocando ao mesmo tempo à prática do viver. Relações democráticas, interações interpessoais, envolvimento afetivo do aprendiz com o professor, fomentam e evidenciam a junção do aprender. O aprender de forma ilimitada, unificando e concretizando saberes. Entusiasmando, modificando e libertando o panorama daquela educação de outrora restritiva e limitadora.