Prefeito do PT contrata segurança privada por R$ 2,1 milhões

Quanto vale a segurança pessoal de um prefeito? No caso de Maricá, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com 134 mil habitantes, a proteção do chefe do Poder Executivo, Washington Quaquá (PT), custa R$ 2,1 milhões por ano, apesar de a Polícia Militar ter como dever garantir sua proteção – que só anda de carro blindado – e de toda a população do município.

O dinheiro público banca a despesa de um grupo de 24 homens armados durante 24 horas por dia. Os pagamentos são feitos à Guepardo Vigilância e Segurança Empresarial Ltda., empresa com sede em Niterói. O prazo do contrato, publicado em 2 de maio deste ano no Diário Oficial do município, é de 1 ano e 17 dias.

Por mês, o município desembolsa cerca de R$ 173 mil para evitar que Quaquá seja vítima de qualquer ataque. O serviço se estende ao vice-prefeito, professor Marcos Ribeiro, também do PT, que tem direito à metade desse contingente.

Candidato à presidência do PT fluminense, Washington Quaquá só percorre o estado nas agendas públicas – e também particulares – de carro blindado. Os seguranças utilizam outro veículo, também blindado, para dar escolta ao prefeito.

Quaquá, porém, não conta apenas com a presença ostensiva de seus guarda-costas. Parte dos homens à disposição dele ocupa locais estratégicos espalhados pela cidade, caso seja necessário fazer um cerco aos potenciais agressores dentro da cidade, cujo principal acesso é a RJ-106.

Em nota, por meio de sua assessoria de imprensa, o prefeito sustenta que contratou os seguranças devido ao aumento da criminalidade na região em razão, segundo ele, da migração de bandidos da capital para a cidade depois da instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em morros cariocas.

“A contratação se deu pelo aumento da criminalidade em toda a região, da necessidade de deslocamento dessas autoridades para áreas ermas no município e do fato de o prefeito ter recebido ameaças em mais de uma ocasião”, diz a nota do prefeito, que decretou luto de três dias na cidade por causa da morte do irmão, vítima de meningite.

Fonte: O Globo.

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