O ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) disse, nesta quinta-feira (11), preferir que o governador Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência da República, não se candidate à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT). Pelo menos não em 2014.
Durante evento de inauguração de um parque de energia eólica no Sertão da Bahia, Bezerra Coelho, que é correligionário do governador pernambucano, afirmou que o PSB está “trabalhando para aprofundar o debate no sentido de que a gente preserve esta aliança [PT e PSB], que foi e tem sido tão boa para o Brasil, para o Nordeste e para Pernambuco, em particular”.
Questionado diretamente se preferia a preservação da unidade ao lançamento da candidatura de Eduardo Campos, ele foi enfático: “Sim, claro. O momento é de dar sequência a esta aliança”.
Bezerra Coelho já atuou como secretário de Estado durante a primeira gestão do governador e se tornou ministro dentro da cota de Eduardo. Antes, porém, foi preterido para o Senado. Eduardo apoiou Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB). Para prefeito, lançou e venceu com Geraldo Júlio (PSB).
Ao se tornar ministro no governo do PT, Bezerra Coelho se transformou no gestor de grandes obras, como Transnordestina e transposição do Rio São Francisco. A presidente Dilma, segundo contam nos bastidores, faz questão de prestigiá-lo com o intuito de constranger Eduardo, o aliado que pode se tornar adversário. Seria uma estratégia política gestada pelo ex-presidente Lula.
Há duas semanas cogitou-se, inclusive, que Bezerra Coelho deixaria o PSB e iria para o PT para ser candidato a governador de Pernambuco. Ele negou a possibilidade. Agora, porém, deixou claro que não vê a candidatura de Eduardo como uma prioridade.
Com informações de Saulo Moreira (JC Online). |