- Organizado por políticos, o ato reuniu artistas e lideranças religiosas
— O mais interessante é que não estão protestando apenas militantes dos movimentos sociais, mas representantes de toda a sociedade, gente convocada pelas redes sociais. O discurso do Feliciano é o de se vitimizar. Quando colocamos religiosos dizendo isso: ele não me representa, acaba com o discurso dele. Esse ato mostra o crescimento da resistência e a o surgimento de uma exigência mais firme contra o Congresso. Há uma disposição maior da cidade para mudar — disse Freixo, que é também presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj.
Para Freixo, Feliciano não tem condição de presidir uma comissão tão importante quanto a de direitos humanos.
— Bandeiras históricas que sempre tiveram no estado laico a garantia da sua existência hoje estão ameaçadas. O Congresso tem que se posicionar em relação a isso. Mas é importante que a sociedade civil faça o seu papel e cobre outra postura dos deputados — frisou.
— Cristo é aquele que acolhe, não que repele. A homofobia e o racismo negam os valores essenciais do cristianismo. O Marco Feliciano vai contra tudo, até contra a Constituição Federal Brasileira, já que nela está escrito que todos somos iguais — disse padre Ricardo Rezende, que também participou do ato.
Em entrevista ao GLOBO deste domingo, Feliciano diz que a “petulância” do PT e o aval da presidência da Câmara a “baderneiros” estão por trás da condução e permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão de Direitos Humanos.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, diversos movimentos sociais também protestaram contra a permanência do pastor na comissão.
FONTE:OGLOBO
Oito Estados já gastam mais do que arrecadam INFORMAÇÕES DA FOLHA DE S.PAULO – GUSTAVO PATU
Com apoio do governo federal, a atual safra de governadores reduziu o aperto nas contas dos Estados aos menores níveis desde o ano anterior à aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que passou a vigorar em 2000. Levantamento feito pela Folha aponta que pelo menos sete Estados — Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Acre, Amapá e Roraima — e o Distrito Federal contabilizaram deficit primário no ano passado.
Em 2011, apenas Pernambuco e Sergipe haviam fechado no vermelho. Quinze anos atrás, o número de deficitários chegava às duas dezenas, o que impulsionou a adoção da legislação para o controle dos resultados fiscais.
Gastos em expansão e estímulos oficiais à aceleração das obras e outros investimentos fizeram cair pela metade, ao longo de pouco mais de um ano, o montante poupado dos orçamentos para o abatimento de dívidas. Conhecida como superavit primário, essa poupança caiu do equivalente a 0,72% do Produto Interno Bruto, em 2011, para 0,36% nos 12 meses encerrados em fevereiro.
Em outras palavras, a arrecadação de impostos e outras receitas não financeiras foi incapaz de cobrir as despesas com pessoal, ações sociais, custeio e investimentos.
PT acusa MP de ‘invencionice’ para atingir Lula
O presidente do PT, Rui Falcão, critica decisão do Ministério Público Federal de investigar se Lula sabia do mensalão: “Trata-se de mais uma das muitas invencionices para tentar atingir o presidente Lula, cujo único crime foi ter melhorado a vida de milhões de brasileiros”.
Com a proximidade da fase de recursos do mensalão, Joaquim Barbosa viajará no começo de maio para evento sobre liberdade de expressão na Costa Rica e se reunirá com Diego García-Sayá, presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O presidente do STF espera que Sayá reitere o entendimento de que não cabe revisão do julgamento — cujo acórdão sai nesta semana — em instâncias internacionais, uma das estratégias de defesa de réus como José Dirceu.
Durante jantar em março, em Brasília, Sayá havia dito a Barbosa que, se recursos batessem na corte, seriam devolvidos. Ele justificou que o país é uma democracia e os réus tiveram amplo direito de defesa. (Vera Magalhães – Folha de S.Paulo)