A ministra da Cultura, Marta Suplicy, demitiu na última terça-feira o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim. Resta agora saber como o próximo gestor, o cientista político Renato Lessa, irá solucionar os problemas de degradação da maior biblioteca da América Latina. A Biblioteca Nacional do Brasil é considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo. O núcleo original de seu acervo é calculado hoje em cerca de nove milhões de itens.
Segundo matéria d’O Globo, os problemas começam na fachada do prédio, cujo reboco está despencando. No interior, sistema elétrico e de combate a incêndio defasados, má conservação do edifício e dos equipamentos de segurança e queda do número de leitores. Segundo a Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional, a baixa no número de frequentadores, desde a quebra do ar-condicionado, é de mais de 30%.
A lista de pesquisa também fica prejudicada pelas más condições do acervo. Não é permitido copiar, escanear ou tirar fotos. Apenas quatro computadores, de um total de 20, servem aos leitores que querem encontrar as obras no sistema de dados da instituição. Nenhum com internet. Apesar de ter digitalizado boa parte do seu acervo de periódicos, inaugurando em agosto o projeto Hemeroteca Digital, a BN não tem rede wi-fi.