PEC QUE PARIU! EMPREGO OU MAIS DESEMPREGO?

                                                                     PEC das domésticas é aprovada em segunda votação

                                                                                 

O Senado aprovou nesta terça-feira (26), em segunda votação, a lei que amplia os direitos dos empregados domésticos. As novas regras vão entrar em vigor a partir da promulgação da PEC (proposta de emenda constitucional), prevista para a próxima semana.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 478/10 garante a funcionários do lar –como cozinheiros, jardineiros, motoristas, cuidadores de idosos e babá–, o recebimento, por exemplo, de 40% do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em caso de demissão sem justa causa, seguro-desemprego, adicional noturno, horas extras, salário-família, além de mais 11 direitos trabalhistas.

Os trabalhadores domésticos também passam a ter jornada máxima de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Nenhum dos 66 senadores presentes no plenário votou contra o projeto, que foi aprovado por unanimidade.

Representantes de sindicatos e federações de empregadas domésticas pressionaram o presidente do Senado ao longo do dia para colocar a proposta em votação. O texto já tinha sido aprovado em primeiro turno na semana passada, mas precisava passar por uma segunda votação dos senadores para entrar em vigor.

A categoria diz que, apesar de as novas regras ampliarem os gastos dos empregadores, não haverá aumento da informalidade das domésticas.

“Quando conquistamos direitos na Constituição de 88, todo mundo dizia que haveria desemprego. Mas o número de empregadas só cresceu. Há esse terrorismo no início, depois a poeira vai baixar”, disse a presidente da Federação Nacional das Empregadas Domésticas, Creuza Oliveira.

Para a presidente do Sindoméstica (Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos) da Grande São Paulo, Eliana Menezes, a aprovação da PEC representa a “segunda abolição da escravatura” no Brasil. “Temos empregadas domésticas que trabalham 18 horas por dia. Elas ficam submetidas às regras dos patrões dentro das casas deles.”

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