Aos 21 anos, a socióloga Camila Diniz acordou ontem com a ligação de dezenas de amigos. Todos queriam falar sobre a reportagem da Revista Veja, em que ela é a personagem principal que comenta sobre o Aqueloo, clube à beira-mar que fica no Forte de Copacabana. Camila conta que sua opinião foi mal interpretada e isso vem lhe causando muitos problemas, como centenas de ameaças no Facebook.
– Sofri ameaças no Facebook, estão denegrindo minha imagem de cientista social, como se eu não pudesse frequentar aquele local. Minha vida pessoal é diferente da minha vida profissional. E isso denegriu minha imagem profissional, prejudicou na parte de emprego, pois sai como preconceituosa. Meus amigos de verdade, quem me conhece, sabe que nunca falaria aquilo daquela forma – contou ao Saideira.
Reportagem
Camila afirmou que curte o Aqueloo por conta da música eletrônica e por ser um point diferente deste verão:
– Me senti prejudicada com a matéria, pois colocaram duas coisas de contextos diferentes em uma frase: “A socióloga Camila Diniz deixou de frequentar Ipanema para ir ao Beach Club: o público é mais selecionado”. Isso soou com tom de preconceito da minha parte e não falei isso. O que eu disse foi que deixei de ir onde ia enquanto o clube funcionava naquela temporada e que as pessoas que vão ali buscam algo diferente do comum, uma praia com djs, com garçom, com ambiente diferente, buscam ter uma praia pra dançar, um clube onde você tem outros atrativos – disse.
Moradora de Botafogo, por conta das ameaças, Camila foi passar alguns dias em Niterói, na casa dos pais. Ela ainda não sabe quando voltará a ter uma rotina normal, pois anda insegura. A socióloga acompanhou a repercussão da reportagem pela internet e contou que existe um grupo querendo a cassação de diploma, conquistado ano passado na Universidade Cândido Mendes.
– Já ouvi dizer que não posso nem ir à praia de Ipanema que vão me agredir. Estou arrasada com tudo isso, jamais foi minha intenção.
fonte:oglobo