Na Rua do Sol, no bairro de Santo Antonio, Centro do Recife, bem próximo ao Teatro de Santa Isabel e ao Palácio do Governo – atualmente em reformas – o cuidado com as margens do Rio está, aparentemente, em dia – a maré cheia pode não deixar tão evidente a quantidade de entulhos. Foram poucos os resíduos encontrados, tanto dentro quanto fora do rio. O que preocupa, no entanto, é a quantidade de lixo jogada provavelmente pelas pessoas que esperam os ônibus nas paradas de coletivos, enfileiradas ao longo da Rua do Sol.
Já nos entornos da Ponte Nova, no cruzamento com a Rua Floriano Peixoto, o que assusta é a quantidade de lixo acumulado no mangue, a zona de transição entre o ambiente terrestre e marinho, que tanto ilustra o cenário que corta a capital pernambucana. No local, um grande número de comerciantes informais se acumula na margem do rio, e o local onde a sujeira é protagonista fica por trás dos pontos de venda. Na área de manguezal que antecede as margens do rio, muitas caixas de papelão, pneus, garrafas plásticas, embalagens de isopor e entulhos.
O trecho de Manguezal na Avenida Capibaribe, ao lado da Casa da Cultura, ainda no Centro do Recife, também é prejudicado com o depósito de resíduos jogados ali diariamente pela população do entorno. A cena só vai mudando nas margens do Rio Capibaribe na ponte da Rua Velha. No local, quase não foi visto lixo acumulado.
A falta de conscientização de muitos cidadãos prejudica não só a estética, fauna e limpeza da Cidade. Em breve, o Rio Capibaribe será mais uma opção de transporte para milhares de pessoas. A obra de dragagem para a navegabilidade do Rio, orçada em R$ 101 milhões, removerá todas as restrições existentes à navegação em 17 quilômetros do Capibaribe, como o lixo, escombros de antigas construções e deve até suprimir parte da vegetação local.