O desafio da manutenção. Por CLAUDEMIR GOMES

Por CLAUDEMIR GOMES

A sequência de três vitórias e um empate recolocou o Sport no cobiçado G4 do Brasileiro da Série B. Mais ainda: elevou o rubro-negro pernambucano ao patamar dos favoritos ao acesso, num momento em que as tendências começam a serem definidas, tanto na parte de cima, como na parte de baixo da tabela de classificação. A doze jogos do final da competição, a ordem é evoluir para não morrer na calçada da esperança.

A maioria dos treinadores defende a tese de que “a manutenção é tão difícil quanto a chegada”. Santos, Novorizontino, Sport e Mirassol formam o quarteto do G4 pós disputa da vigésima-sexta rodada. O representante pernambucano tem um jogo a menos (contra o Operário, partida válida pela décima-sexta rodada), fato que aumenta seu crédito na corrida pelo acesso.

Nos jogos de ida (18), o Sport contabilizou 8 vitórias. Segundo os matemáticos de plantão, que estão debruçados em cálculos, estudando as probabilidades de cada um, o Leão da Ilha do Retiro precisa somar 6 vitórias nas 13 partidas que tem a cumprir. No primeiro turno os leoninos empataram seis vezes. Será de bom tamanho se repetirem a dose nos jogos que restam.

Qualidade técnica do grupo; harmonia do conjunto e foco! Essas são as três ferramentas que asseguram o sucesso numa campanha de manutenção. Sem qualidade técnica é impossível colocar um time entre os favoritos ao acesso. O Sport está na média dos que almejam a meta mais ousada. Esta edição da Série B é marcada pelo equilíbrio de forças. É preciso entender que o equilíbrio pode ser observado em competições de alto, médio e baixo nível técnico. Não podemos esquecer que estamos analisando um campeonato de Segunda Divisão.

A harmonia do conjunto passa pelo entendimento e assimilação do grupo a filosofia de jogo implantada pelo técnico. As últimas apresentações, referendadas pelos resultados, indicam que os jogadores rubro-negros se sentem mais à vontade, e estão mais produtivos, com as propostas do técnico Pepa.

Por fim, o que nos parece mais desafiador: a manutenção do foco. Ao logo da campanha o Sport teve lampejos de perda de foco que lhes custaram caro. Gols nos minutos iniciais, ou nos minutos finais, dos jogos lhes levaram a perdas de pontos que foram retratadas com queda na tabela de classificação. A competição chegou a um momento crucial, onde os times não terão a chance de recuperação. Sendo assim, perder o foco na reta final é o mesmo que dar um tiro no pé.

No desafio da manutenção que lhe assegurará o acesso, o Sport medirá forças com cinco equipes que estão brigando contra o rebaixamento: Botafogo, Ponte Preta, Guarani, Chapecoense e Paysandu. Quatro clubes que brigam pelo acesso: Novorizontino, Santos, Mirassol e Ceará. Três times que estão na zona intermediária da tabela de classificação: América/MG, Goiás e Operário (dois jogos). Serão 13 partidas: 7 na condição de mandante e 6 como visitante.

Bom! Como diz o bom narrador, Bartolomeu Fernando: “Chegou a hora de ver quem tem garrafa pra vender”. Traduzindo: “A hora de a onça beber água”.