A candidata à Prefeitura do Recife pela coligação PSOL/Rede, Dani Portela – juntamente com a sua vice, Alice Gabino, lançaram seu programa de governo para a cidade. O foco principal das propostas é construir um Recife bom para todos. E, segundo Dani Portela, o Programa de Governo é fruto de um extenso e intenso processo de diálogo com a população recifense, onde participaram moradores de 80 bairros, dos 94 existentes na cidade e de todas as 6 Regiões Político Administrativas (RPAs) do Recife.
“Nesses vários diálogos que fizemos com a população, reafirmamos a necessidade de construir para o Recife um projeto político cujo foco central seja assegurar o acesso a direitos e a redução das desigualdades. Ao longo dos encontros realizados, tivemos a participação de cerca de 1.500 pessoas, que trouxeram mais de 600 propostas para construirmos o Recife com a Cara da Gente.”, disse a candidata Dani Portela.
Em seu discurso, Dani aproveitou para reforçar sobre a construção de um Recife de forma participativa e sobre a retomada do Orçamento Participativo, programa da gestão do ex-prefeito João Paulo (PT). “Entendendo a importância da participação social e política da população na definição dos rumos de nossa cidade, pretendemos retomar o Orçamento Participativo. Vamos ampliar e fortalecer os mecanismos de democracia participativa e popular, com a criação de uma política municipal de participação social, apoiando a atuação dos diversos conselhos municipais e assegurando as condições necessárias ao seu funcionamento.”, destacou.
Dani Portela também destacou o fato do Recife ser a segunda capital mais desigual do País e que as mulheres estão em situação de maior vulnerabilidade social. A psolista aponta que, apesar da cidade ser a primeira capital a comemorar a paridade entre homens e mulheres na composição do secretariado da Prefeitura, esse avanço não se traduz em prioridades para as mulheres nas políticas públicas e nem nas estratégias de superação das profundas desigualdades de gênero.
“Hoje o Recife é a cidade com maior número de feminicídios de Pernambuco e existe apenas um único equipamento de atendimento às vítimas de violência na cidade, o Centro Clarice Lispector. Este equipamento, além de insuficiente, não dá conta da demanda do município, porque este mesmo passa por dificuldades estruturais, orçamentárias, de composição de equipe, entre outras. Criaremos equipamentos com equipes multidisciplinares que ofereçam atendimento psicossocial e jurídico para mulheres vítimas de violência e vamos implementar uma Política Municipal de Atenção Integral à Saúde da Mulher”, reforçou a candidata.