A Demolição do Matadouro Foi Um Golpe na Memória Cultural de Carpina. Por Flávio Chaves

Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor, poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc

Carpina assistiu, inquieta e triste,  à demolição do prédio centenário do antigo matadouro público, que fora construído em 1917, localizado na Avenida Conselheiro João Alfredo, Loteamento Santa Cruz. Este ano completaria seu centésimo quarto  aniversário, esse emblemático edifício foi tratado com indiferença pela prefeitura, sendo reduzido a escombros.

Numa cidade repleta de história como Carpina, é triste testemunhar a falta de apreço pelo patrimônio cultural. O matadouro poderia ter sido revitalizado para abrigar espaços culturais, promovendo a identidade e memória da comunidade.

A demolição reflete uma falha na compreensão da importância da preservação do patrimônio histórico. A negligência e o abandono desse prédio são apenas um exemplo do descaso que muitos outros edifícios enfrentam em toda a cidade.

Preservar os bens culturais é preservar a identidade e a história do seu povo. É essencial que a sociedade e as autoridades reconheçam a importância de proteger e promover  o patrimônio, pois é através dele que se entende   o passado e se constrói o futuro.

Cidades são organismos vivos, e seu patrimônio cultural é o coração pulsante que conecta as pessoas ao seu passado. É hora de reavaliar  as prioridades e investir  na preservação da herança cultural que tanto enriquece  a comunidade e sua memória.

Com a aquietude e descaso da Secretaria de cultura, nada mais será como antes. Carpina se torna uma cidade sem rosto.