A imensa tristeza da porta-bandeira, ao saber que logo será substituída

Acadêmicos do Grande Rio ???? on X: "Nosso primeiro casal de mestre-sala e  porta-bandeira, Daniel Werneck e Taciana Couto, representou “A criação”.  Conta, no mito da criação, que Olodumaré confiou a Oxalufã

Toda porta-bandeira é sempre maravilhosa

Paulo Peres
Site Poemas & Canções

O cantor, compositor e poeta carioca Paulo César Francisco Pinheiro, na letra de “A velhice da porta-bandeira”, em parceria com Eduardo Gudin, registra que a vida partilha alegrias e tristezas enquanto o tempo passa e, nas escolas de samba, há sempre outra porta-bandeira a espreitar. Esse samba foi gravado no LP “O importante é que a nossa emoção sobreviva”, em 1974, pela Odeon, por Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiro e a cantora Márcia, alcançando repercussão nacional com o disco e os shows realizados por diversos estados.

A VELHICE DA PORTA-BANDEIRA
Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro

Ela renunciou
A Mangueira saiu, ela ficou
Era porta-bandeira
Desde a primeira vez
Por que terá sido isso que ela fez?

Não, ninguém saberá
Ela se demitiu, outra virá
Ninguém a viu chorando
Coisa tão singular
Quando a bandeira tremeu no ar

Ô… quando toda avenida sambou
O seu mundo desmoronou
Ela se emocionou
Perto dela ela ouviu, alguém gritou:
“Viva a porta-bandeira”,
“Sou eu”, ela pensou
Mas foi a outra quem se curvou

Ô… quando toda avenida sambou
O seu mundo desmoronou
Ô… quando a porta-bandeira passou
Quem viu
Ela se levantou e aplaudiu