Mathias Erdtmann
No mercado norte-americano, as criptomoedas levaram o governo a acionar na justiça o Fundo Binance, o maior do país no setor, por práticas estranhas aos interesses dos aplicadores. E, na terça-feira, estenderam as investigações ao Fundo Coinbase, onde teriam ocorrido manipulações no montante de US$ 2 bilhões contrárias aos interesses de aplicadores.
O mercado de criptomoedas não é tão regulado quanto o funcionamento dos bancos pela SEC (U.S. Securities and Exchange Commission), a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
ILEGALIDADES – O caso em questão (Binance, e o mesmo ocorreu na SFX, anteriormente) é o uso do saldo das contas correntes para atividades especulativas pela corretora. É como se o banco pegasse os saldos dos correntistas e usasse indiscriminadamente o dinheiro para atividades de risco, como mercado de opções.
Claro que, enquanto der lucro, nada acontece. Mas quando começa o prejuízo o rombo aparece e a empresa nunca cobre o buraco, ela entra em falência. E os investidores não são cobertos por fundos garantidores, pois as criptomoedas não são cobertas por nenhum fundo (nem lá, nem cá).
Portanto, apesar da casca de modernização, trata -se de um golpe ordinário no dinheiro do investidor. Algo que a séculos já foi resolvido nos bancos, que nos Estados Unidos são regulamentados pelo FED (Federal Reserve System), o banco central americano.