Lula exige boas relações com o Congresso, para não repetir erros de Collor e Dilma

Após reunião, Lula caminha com governadores e ministros até o Supremo Tribunal Federal | Política | G1

Lula, governadores e ministros, numa bela confraternização

Vicente Limongi Netto

Imagens candentes, belas, emocionantes, noite de um céu estrelado, a vigorosa e altaneira democracia, de mãos e braços dados, representada por Lula, advogados, ministro da Justiça, jornalistas, governadores, ministros da Suprema Corte e políticos, todos caminhando do Palácio do Planalto em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Fica a expressiva lição e advertência para patriotas de araque. Ariano Suassuna tem razão, “O fanatismo e a inteligência nunca moraram na mesma casa”.

OLHAR PARA A FRENTE – Ano Novo, vida nova. Diálogo faz bem à saúde e ao espírito. Não tem credo, raça nem partidos. É preciso união de esforços entre todos os segmentos da sociedade, para colher benefícios para a população. Mãos à obra. Com competência, dedicação e patriotismo.

Auxiliar que pisar na bola leva cartão vermelho. Nesse sentido, Lula foi claro e veemente com ministros e líderes partidários aliados. Não quer confusão com o Congresso. A ordem é conversar e tratar bem os senadores e deputados. Muitos adorarão os afagos. Ficarão mal acostumados. Outros farão beicinho e custarão a ceder aos carinhos palacianos. É do jogo e da essência humana.

Lula quer evitar antigos dissabores e crises envolvendo petistas dentro do Congresso. Não perde de vista que o Legislativo, enfurecido e magoado, mandou para casa dois ex-presidentes, Fernando Collor e Dilma Rousseff, e por pouco não manda outro, Michel Temer. Além do próprio Lula, humilhado e preso em Curitiba.

TEMPO DE EXORCIZAR – Concordo com o veemente texto da vigilante Ana Dubeux (Correio Braziliense – 08/01), “Tempo de exorcizar preconceito e caretice”. Ana acentua, firme e indignada: “O ódio aos diferentes é um desperdício de energia, além de ser uma porta de entrada para a ignorância, para o abandono, para o ostracismo”.

O parque de diversões dos venais, hipócritas, parasitas e irresponsáveis, são as redes sociais. Navegam suas boçalidades, covardias e diatribes à vontade. Os ainda mais canalhas e ordinários se escondem atrás de pseudônimos. O anonimato para ofender é a arma dos patifes. Ninguém sabe até quando ficarão impunes.

Nessa linha, Dubeux salienta, enfatizando que os bons ventos da posse de Lula precisam prosperar: “Dar visibilidade à diversidade e exigir respeito a ela é a revolução mais necessária e poderosa que existe”. Na minha casa e na casa da Ana seguramente também, entram sem bater a amizade, os amigos, a tolerância, a ternura, o sorriso, a solidariedade, os idosos, as crianças, o amor, o carinho, a alegria, o diálogo e o sol.