Cunha se aproveitou da temporada em Brasília para dar entrevista?

Resultado de imagem para Em entrevista à revista Época, Eduardo Cunha ataca Moro e Janot

É a primeira vez que o ex-presidente da Câmara fala à imprensa após sua prisão, em novembro de 2016. Revista divulgou trechos pelo Twitter

Na primeira entrevista concedido à imprensa desde que foi preso, há 11 meses, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disparou ataques contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. À revista Época, o ex-deputado, que negocia delação com a nova procuradora-geral, Raquel Dodge, disse que Janot queria que ele mentisse para derrubar o presidente Michel Temer e que Moro se acha um salvador da pátria.

“Se eu conseguisse derrubar o Michel, Janot aceitava (firmar a colaboração). Não topei mentir, confirmar o Joesley. O Lúcio (Funaro) topou”, disse Cunha à Época. “Funaro mentiu muito para fechar a delação dele. Confirmou o que Janot queria”, continuou.

Os trechos da entrevista foram divulgados na noite desta sexta-feira (29/9) pelo Twitter da publicação. Espera-se que a íntegra seja divulgada na edição desta semana da Época.

Na entrevista, o ex-presidente da Câmara tenta desconstruir a equipe da Lava Jato. “Os caras não aceitam quando você diz a verdade. Eles têm as teses deles e você é obrigado a confirmar.” E garante: “O que tenho para falar arrebenta a delação da JBS e debilita a da Odebrecht. Posso acabar com a do Lúcio”, anunciou.

Sobre o juiz Moro, Cunha aponta qual seria, para ele, o objetivo do magistrado: “Queria destruir a elite política. E conseguiu.”

Condenado por Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão, pelos crimes de corrupção, lavagem e evasão fraudulenta de divisas, o ex-deputado se diz “um troféu político da Lava Jato. O outro vai ser o Lula”.

Em Brasília
Eduardo Cunha está preso em Brasília desde 15 de setembro, vindo de Curitiba, onde cumpre detenção desde novembro do ano passado. A transferência temporária para a capital se deu porque Cunha, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e outros réus da ação penal que investiga corrupção na liberação do FI-FGTS estavam marcadas para 20/9, mas acabaram adiadas para os dias 4 e 9 de outubro. Sérgio Moro autorizou que ele fique na capital até o dia 9,quando será ouvido.

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