Folgados

Ricardo Boechat – ÍstoÉ

Responsáveis por Pastas com recursos cada vez mais escassos (diante das dificuldades do governo na área fiscal) e sem projetos de peso para executar, os ministros de Michel Temer são vistos em Brasília, apenas de terça a quinta-feira – tal como muitos parlamentares. O quadro se agrava porque Temer, empenhado em se defender, tem dado pouca atenção aos Ministérios.

Fez dois meses que a Advocacia Geral da União tenta conhecer os termos do acordo de leniência entre o Ministério Público Federal e a JBS, envolvendo cerca de R$ 10,3 bilhões. Quer verificar a metodologia e se o valor assegura o ressarcimento de dano aos cofres públicos. A alienação de participações acionárias da holding J&F, controladora da JBS, só aumentou a apreensão na AGU. Para o órgão não cabe ao MPF definir o destino do valor arrecadado.

Ministros da Seção de Dissídios Coletivos do TST estão a cada dia com menos trabalho. A reforma da CLT, que vigora em novembro, anulou os acordos coletivos. Ao fim de um ano serão refeitos de A a Z. Nada de renovação automática das cláusulas sociais, como era comum. Além disso, o STF decidiu que agora será a Justiça comum e não a trabalhista a julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas. Ou seja, a Seção de Dissídios Coletivos atuará com ares de STM, tribunal conhecido pelas poucas sentenças que emite.

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