Oposição quase deu vitória a Temer, mas a sessão teve de ser interrompida

Laís Alegretti/Folhapress

Imbassahy e Mansur lutam para garantir  quorurm

Por Carlos Newton

A confusão é geral. Na sessão da manhã, deputados da oposição romperam o acordo de não discursar, subiram à tribuna e constaram como se estivessem presentes, apesar de não terem registrado no painel o comparecimento. Com essa mancada, houve quorum de 342 deputados e o presidente Rodrigo Maia ia abrir a votação, o que significaria a impunidade do presidente Michel Temer, pois seria impedida a abertura de processo criminal contra ele no Supremo Tribunal Federal.

Mas no início da tarde, a sessão teve de ser interrompida, porque só poderia durar cinco horas. E a necessidade de abrir uma nova sessão mudou o quadro, porque parlamentares governistas que se declararam a favor da denúncia e marcaram presença durante a manhã, com certeza não aparecerão à tarde porque sabem que, ao fim do dia, teriam que votar –e não querem contrariar o governo.

LUTA POR QUORUM – “Nossa expectativa é de que o governo tenha menos quorum à tarde”, afirmou à Folha o deputado Henrique Fontana (PT-RS). Caso não haja quorum de 342 deputados, a votação da denúncia é adiada.

Os dois lados cantam vitória. A oposição espera atrasar a votação para o fim do dia, quando haverá mais audiência na TV e muitos governistas não marcarão presença. Já os aliados de Temer dizem que conseguirão o quorum de 342 presenças.

Como diria o genial publicitário e compositor Miguel Gustavo, o suspense é de matar o Hitchcock. Tudo pode acontecer. No plenário, o ministro Antonio Imbassahy e o deputado Beto Mansur (PMDB-SP), amigo pessoal de Temer, luta para garantir o quorum de 342 deputados, mas está difícil.

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