No exterior, moeda americana também perde força frente às principais divisas
POR JOÃO SORIMA NETO
O dólar comercial intensifica o movimento de queda e agora recua 0,78% ante o real, cotado a R$ 3,157. Na véspera, a moeda americana se manteve praticamente estável e encerrou o pregão vendida a R$ 3,18. Na B3, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro de ações, recua 0,19%, aos 65.085 pontos.
Em relatório divulgado a clientes, a corretora de câmbio Correparti avalia que, no cenário doméstico, a ausência de fatos novos na política, em função do recesso do Congresso Nacional, tira pressão da moeda americana.
No exterior, a moeda americana também se enfraquece frente às principais divisas diante de um revés da política de saúde que o presidente Donald Trump tenta aprovar no Senado americano. O “dollar index”, que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de dez moedas, cai 0,64%.
— O dólar deve seguir seus viés de baixa, operando em queda nesta terça, acompanhando o movimento do exterior – disse Ricardo Gomes, da Correparti.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, quase todas estão em queda. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras recuam 0,15%, cotadas a R$ 12,87. No caso das ordinárias (ONs, com direito a voto), a desvalorização é de 0,22%, a R$ 13,42. Os bancos, de maior peso na composição do índice, também estão em terreno negativo. As preferenciais do Itaú Unibanco caem 0,16% e os papéis do Banco do Brasil caem 0,23%. A exceção é o Bradesco, que sobe 0,50%.
Ainda no mercado de ações, os investidores estão atentos à precificação do IPO (abertura de capital) do Carrefour Brasil. A demanda pelas ações da empresa, ontem, era de quase duas vezes a oferta. O preço mínimo do papel foi fixado em R$ 15 e o teto é de R$ 19.
“As bolsas recuam na Europa, e os investidores estão atentos à temporada de resultados corporativos, não só lá, mas também nos EUA. No Brasil, com Brasília em recesso, o dia traz precificação de IPOs, e governo tenta se alavancar com dados positivos do CAGED, e fala em reforma tributária”, escrevem os analistas da Guide Investimentos em relatório a clientes.