OAB faz pesquisa para avaliar satisfação dos advogados

A OAB Pernambuco encomendou uma pesquisa para medir e analisar a satisfação dos advogados trabalhistas com a Justiça do Trabalho no Recife, em Olinda e em Jaboatão dos Guararapes. Segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), 66% dos 411 entrevistados estão satisfeitos com o exercício da advocacia na área trabalhista.

A iniciativa da OAB-PE tem como objetivo aferir a percepção dos advogados sobre as condições de trabalho e de atendimento para conquistar melhorias para o exercício profissional da classe.

A pesquisa foi realizada entre 22 e 30 de maio em diferentes dias e horários de funcionamento dos fóruns trabalhistas nas três cidades. Foram ouvidos 211 advogados no Fórum Trabalhista do Recife, 100 em Olinda e 100 em Jaboatão. A margem de erro máxima estimada para os totais do estudo é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Nas entrevistas, foram avaliados o perfil dos advogados, a identificação da motivação em relação à atuação profissional, a identificação dos principais pontos positivos e negativos da atuação na área trabalhista e a avaliação da primeira instância da Justiça do Trabalho em relação à infraestrutura física, recursos humanos, atendimento aos advogados e fluxo processual.

Segundo a pesquisa, 74% dos entrevistados no Fórum Trabalhista do Recife afirmaram estar satisfeitos com o exercício da advocacia. Em Olinda, o percentual foi de 61%, enquanto em Jaboatão foi de 56%.

Entre os pontos positivos de atuar na área trabalhista, os advogados destacaram o desenvolvimento dos processos (59%), o mercado de trabalho (20%) e a identificação profissional com a área (18%). Dentre os que afirmaram estar satisfeitos com o desenvolvimento dos processos, 51% se referiram à celeridade da Justiça nos atos processuais.

Já entre os pontos negativos, 24% dos entrevistados destacaram o trato com os juízes. Em questão espontânea e de resposta múltipla sobre a avaliação do aspecto cordialidade dos advogados e jurisdicionados, 26% dos entrevistados citaram o nome de um mesmo juiz, um “ponto fora da curva na pesquisa”. A identidade do juiz será preservada. O percentual da soma de todos os outros nomes mencionados na avaliação negativa da cordialidade é de 20%.

Alguns juízes se destacaram positivamente no quesito cordialidade no trato com os advogados. Dentre os entrevistados, 6% mencionaram o juiz Roberto de Freire Bastos, da 3ª Vara de Olinda. O juiz Gustavo Henrique Cisneiros Barbosa, da Reserva Técnica, também foi lembrado por 6% dos advogados consultados. Já o juiz Matheus Ribeiro Rezende, substituto da 4ª Vara de Jaboatão dos Guararapes foi citado por 5% dos entrevistados.

A infraestrutura (23%) e as audiências e pautas (22%) também foram destaque negativo no estudo.

“Medindo o grau de satisfação e identificando as principais dificuldades, conseguimos concentrar esforços junto aos órgãos competentes para vencer os desafios que se apresentam ao aprimoramento dos serviços públicos, notadamente a prestação jurisdicional”, pontuou o presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *