Marina Silva ocupa espaço neste domingo (Dia da Criança e de Nossa Senhora Aparecida) para anunciar que votará em Aécio Neves (PSDB) e apoiará a sua campanha.

Diante das pesquisas divulgadas pelo Ibope e Datafolha, com diferença de apenas dois pontos à frente de Dilma Rousseff (PT), deve ser dito que esse apoio de Marina pode ser o diferencial para garantir a eleição de Aécio.

Em resumo: hoje é um péssimo dia para Dilma, que vê seu concorrente gerar fato eleitoral expressivo. Na véspera, em Recife, ele já tinha obtido o apoio entusiasmado da família de Eduardo Campos, encabeçada pela vigorosa viúva Renata.

Marina é o que é. No lançamento, hoje, divulgou um documento enorme, que quase ninguém conseguirá ler. Basicamente, tenta convencer os eleitores de que, depois de oito anos do governo FHC, foi importante ter havido a alternância com Lula.

Agora, após 12 anos de PT, Marina vê necessidade de nova alternância, com o PSDB de volta.

Vale registrar que Aécio Neves, diante de exigências exageradas divulgadas por Marina, teve sabedoria mineira. Deixou que, no prazo de uma semana, ela refletisse até dar esse apoio decisivo.

Aécio não cedeu em pontos capitais do seu programa de governo, mas expressou princípios sociais e políticos hoje elogiados por Marina.

Assim, cabe a Dilma reagir. Como?