Por Magno Martins

Sai, hoje, mais uma pesquisa sobre a sucessão estadual, desta feita pelo Instituto Maurício de Nassau. A expectativa é se confirma a tendência de crescimento da candidatura de Paulo Câmara (PSB) a governador, que no levantamento do Ibope subiu 18 pontos percentuais, reduzindo a diferença de 32 para nove pontos em relação a Armando Monteiro, tido até então como franco favorito.

Eleição é reflexo de fatos e episódios. Armando, que estava em céu de brigadeiro, esperava uma reação do seu adversário com a chegada do guia eleitoral, mas não na dimensão refletida no Ibope. Antes da tragédia, muita gente dizia que votaria em Eduardo para presidente como uma homenagem a ele, mas não mostrava disposição para casar o voto para governador.

A tragédia que tirou a vida de Eduardo dá indicativos de que essa homenagem agora será no voto em Câmara, o que é sem dúvida o fato novo que Armando não contava. O candidato oposicionista deve ter, certamente, suas pesquisas internas medindo a extensão do episódio que está mexendo com o sentimento popular.

Tanto que já recorreu a uma das suas armas de campanha: o apoio do ex-presidente Lula, que chega na próxima quinta-feira para uma agenda dupla em favor de Armando, primeiro em Petrolina e depois no Recife.

Mas se Lula representa um grande cabo eleitoral, a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, está em baixa, deixou de ser a grande favorita do pleito com a entrada de Marina Silva, provocada justamente pela morte de Eduardo.

A candidata socialista deixou Aécio Neves para trás e já ganha de Dilma no segundo turno, o que está gerando uma paranoia no PT e no staff da própria presidente.