EFE. O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse, nesta sexta-feira (7), que o país não necessita copiar e implementar outros modelos de Lei de Meios, como os adotados pela Argentina e Venezuela. “Não queremos para o Brasil o modelo da Argentina e da Venezuela, queremos liberdade de expressão e os monopólios dentro da lei. Queremos mudar o sistema de concessões e evitar que os políticos sejam donos dos meios de comunicação’, disse o petista. ‘A realidade da Venezuela não tem a ver com a realidade brasileira. Há conflitos com grandes grupos de comunicação lá. Há denúncias que se aliaram com golpistas, mas nada justificaria impedir a circulação dos meios de comunicação. Não proponho expropiá-los [os monopólios], mas é necessário criar um período de transição para que os donos optem para escolher entre um mandato legislativo e seguir com os meios de comunicação’, acrescentou o dirigente. De acordo com o presidente petista, os oligopólios nos meios de comunicação brasileiros ‘utilizam’ os canais noticiários ‘para se manter no poder e a Constituição Federal proíbe isso’. ‘Necessitamos de uma lei que possa fazer valer a Constituição’, ressaltou Rui Falcão, que reiterou que a proposta de regulação é ‘sem censura e sem nenhum tipo de restrição’. ‘Fomos [a militância do Partido dos Trabalhadores] os que mais lutamos pela liberdade de expressão na Constituição. Mas temos a existência de monopólios e oligopólios que não foram regulamentados, especialmente os meios de imprensa eletrônicos. Necessitamos de mais vozes para que não haja uma opinião pública dirigida e divulgada’, considerou. Falcão é o coordenador do grupo de campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que é integrado, além do governante, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; pelo chefe do gabinete de ministros, Aloizio Mercadante; e pelo publicitário João Santana, entre outros. |