Agência Estado.

O presidente do PMDB do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, disse ontem (6) que deu início ao processo de mobilização de correligionários em prol da campanha presidencial do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). O peemedebista previu que, no plano nacional, a legenda vai chegar dividida às eleições, e fez questão de lembrar que o confronto com o Partido dos Trabalhadores não se restringe ao Rio.

“Ao contrário de 2010, quando estivemos unidos na eleição da presidente Dilma Rousseff, agora essa unidade não vai ser possível. A convenção nacional será dura. Calculo que vai se dividir com 55% de um lado e 45% de outro, só não sei se vai ganhar a aprovação ou a rejeição à reeleição da presidente”, disse Picciani. “Há insatisfação em vários estados. De minha parte, já estou trabalhando na campanha do Aécio. Chegou a hora da alternância de poder.”

A adesão do PMDB-RJ a Aécio é uma resposta ao lançamento do senador Lindbergh Farias (PT) ao Governo do Rio. Os peemedebistas cobravam apoio ao vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). “Se o Rui Falcão [presidente nacional do PT] continuar rodando o país e tratando o PMDB da forma desrespeitosa como faz no Rio, na Bahia e em outros estados, a aliança com Dilma vai ser desfeita”, afirmou Picciani. 

O governador Sérgio Cabral (PMDB) e Pezão anunciaram apoio à reeleição de Dilma, mas deixaram o PMDB livre no Rio. Em 2013, quando ficou clara a candidatura do PT no estado, Cabral lembrou os laços familiares de seus filhos com Aécio para insinuar apoio ao tucano.