Vice-presidente sênior do Google explica porque o sistema operacional recebe tantos malwares e programas maliciosos(Fonte da imagem:pocketnow
O vice-presidente sênior do Google e chefe do Android, Sundar Pichai, comentou sobre vários pontos durante o Mobile World Congress 2014 – entre eles a presença do sistema operacional no Nokia X e nos aparelhos da Samsung. No entanto, uma das pautas discutidas pelo empresário chamou bastante a atenção do público, justamente no que se refere à segurança digital. Segundo Pichai, o próprio Android não foi desenvolvido para ser seguro.
“Não podemos garantir que o Android foi construído para ser seguro”, comenta o representante do Google. “O formato dele foi feito para dar mais liberdade. Quando as pessoas falam sobre 90% dos malwares para o Android, elas devem levar em conta o fato que ele é o sistema operacional mais usado no mundo. Se eu tivesse uma companhia dedicada para malwares, eu também enviaria meus ataques para o Android.”
Analisando os números
A justificativa de Pichai se baseia na marcante presença do sistema operacional no mercado de celulares. Ainda no ano passado, o Android era utilizado em 80% dos aparelhos do mundo, seguido pelo iOS com 14% dos smartphones.
Acompanhando estes números está o aumento de malwares para o sistema do Google. Segundo o relatório da F-Secure no primeiro trimestre de 2013, 91,3% dos vírus encontrados para os aparelhos celulares estavam concentrados no Android – mostrando que o discurso de Sundar está coerente com a realidade do mercado.
No entanto, a declaração do representante do Google não oferece muito otimismo quanto a segurança de aparelhos com Android. Por um lado, o sistema operacional é um dos mais procurados pelos desenvolvedores – mas essa abertura pode custar a segurança dos usuários, que muitas vezes estão expostos a aplicativos maliciosos. No fim das contas, fica a grande pergunta: até que ponto convém trocar a liberdade pelos riscos neste mundo cercado pelos smartphones?